Saúde masculina: afinal, por que os homens vão menos ao médico?

A saúde masculina é um tema a ser observado em todos os momentos, não apenas durante o penúltimo mês do ano com a campanha Novembro Azul.

Você sabia que, no Brasil, 62% dos homens só vão ao médico após sentirem um sintoma insuportável de dor?

O dado é do Instituto Lado a Lado pela Vida, que lidera a campanha Novembro Azul, movimento fundamental pela conscientização sobre o câncer de próstata e outras doenças masculinas.

Há outro número a ser destacado: 70% dos homens brasileiros só procuram um médico depois de insistência da mulher ou dos filhos, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.

Por que os homens vão menos ao médico

Existem diferentes razões que nos ajudam a entender a baixa procura dos homens por médicos das mais diversas especialidades. Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nos indica alguns dos principais motivos.

  • Imaginário da virilidade: há uma questão cultural do “homem invulnerável” que cria um imaginário da virilidade. Nesse contexto social, os homens podem interpretar de forma incorreta que são poderosos e têm uma saúde de ferro.
  • Medo de descobrir uma doença grave: muitos homens relutam ao máximo buscar ajuda médica por medo de descobrir que têm alguma doença grave. Isso dificulta a detecção precoce de doenças e o seu tratamento adequado.
  • Vergonha de expor o próprio corpo: este aspecto se revela de forma clara na baixa procura dos homens por médicos urologistas. Aproximadamente 50% dos homens brasileiros nunca se consultaram com um urologista, ao passo que 80% das mulheres têm consultas periódicas com ginecologistas.
  • Diferença cultural em relação às mulheres: a diferença começa na adolescência. Enquanto as mulheres são incentivadas a irem ao ginecologista, os homens, em geral, só pensam em procurar um urologista a partir dos 50 anos de idade.

Câncer de próstata representa um risco real à vida

Em 2020, o câncer de próstata foi diagnosticado em mais 65 mil homens e quase 16 mil pessoas perderam a vida para essa doença em 2019, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens sem fatores de risco ou sintomas procurem um médico a partir dos 50 anos para fazer uma avaliação. É fundamental que a saúde masculina seja compreendida como um tema que deve estar em pauta até que exista uma maior consciência por parte dos homens sobre seu próprio bem-estar.

(Leia também: Novembro Azul: prevenção contra o câncer de próstata é fundamental)

Saúde masculina deve ser valorizada

As preocupações com a saúde masculina passa por uma maior conscientização dos homens em relação aos riscos aos quais estão sujeitos.

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Fonte: Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)