Qual a diferença entre coprocultura de fezes e parasitológico de fezes?
Você já parou para pensar que o cocô pode nos dar várias pistas sobre a nossa saúde? Os exames de fezes fazem parte de uma das etapas mais importantes da medicina laboratorial: a investigação de problemas gastrointestinais. Entre os mais comuns estão o exame parasitológico e a coprocultura de fezes, ambos solicitados por médicos em situações distintas. Embora muitas vezes confundidos, os dois testes analisam aspectos diferentes das fezes e são fundamentais para o diagnóstico preciso de doenças infecciosas ou parasitárias.
Para entender de forma precisa o que é a coprocultura de fezes e o parasitológico, é preciso avaliar questões como doenças diagnosticadas e frequência recomendada para cada um deles. Confira a seguir.
O que é o exame parasitológico de fezes?
O exame parasitológico de fezes (também conhecido como EPF) tem como objetivo identificar parasitas intestinais, como vermes e protozoários, presentes no trato gastrointestinal. É um exame direto e microscópico, que permite visualizar ovos, cistos e formas adultas desses parasitas.
Este exame é essencial para o diagnóstico de doenças como giardíase, amebíase, ascaridíase (lombriga), enterobíase (oxiúros), ancilostomíase (amarelão) e teníase (solitária). A indicação clínica pode se dar a partir de sintomas como dor abdominal, cólicas, perda de peso e evacuação anormal.
No exame parasitológico, a análise pode ser feita em uma ou mais amostras (geralmente até três dias consecutivos), já que alguns parasitas são eliminados de forma intermitente. Isso aumenta as chances de detecção.
O que é o exame de coprocultura?
A coprocultura de fezes é o exame que isola e identifica bactérias patogênicas nas fezes. É indicada principalmente quando há suspeita de infecções bacterianas intestinais, que podem causar diarreia, febre, dores abdominais e desidratação.
Entre os microrganismos que podem ser identificados na coprocultura de fezes, estão algumas espécies de bactérias causadoras de infecção intestinal, tais como: Salmonella, Shigella, Escherichia coli patogênica e Campylobacter jejuni.
A coprocultura envolve cultivo em meios específicos, com posterior identificação bacteriana e, em alguns casos, teste de sensibilidade a antibióticos (antibiograma), que direciona o tratamento.
Com que frequência os dois exames devem ser feitos?
A frequência dos exames de coprocultura e parasitológico varia de acordo com a condição de saúde de cada pessoa e a recomendação médica. Em geral, o seguinte padrão é observado:
- Parasitológico de fezes: pode ser solicitado anualmente, como parte de check-ups, especialmente em regiões com maior risco de parasitoses ou em crianças, que estão mais expostas a ambientes com solo contaminado.
- Coprocultura: não é um exame de rotina. É indicado em casos agudos, quando há sintomas como diarreia intensa com febre ou sangue, e em investigações de surtos alimentares ou contaminação hídrica.
Como fazer a coleta das amostras?
Tanto para a coprocultura quanto para o parasitológico, é essencial seguir corretamente as orientações do laboratório.
Parasitológico de fezes:
- Colete a amostra em frasco limpo e seco, fornecido pelo laboratório.
- A amostra deve preencher aproximadamente metade do frasco (o equivalente a 3 pazinhas).
- Evite contato com urina, água ou papel higiênico.
Coprocultura:
- A coleta deve ser feita na fase aguda da diarreia, antes do uso de antibióticos.
- Utilize o frasco fornecido pelo laboratório.
- Armazene a amostra refrigerada e entregue ao laboratório o mais rápido possível.
Você está com os seus exames em dia?
Tanto o exame parasitológico quanto a coprocultura de fezes têm papel importante na prevenção e no controle de doenças gastrointestinais. Eles também evitam o uso indiscriminado de medicamentos, já que oferecem um diagnóstico preciso e baseado em evidência laboratorial.
Para realizar estes e outros exames, conte sempre com o Laboratório Cella, em Sorriso (MT). Lembre-se que os exames são uma importante ferramenta de cuidado com a sua saúde.
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