10 fatores de risco para demência que merecem atenção

Você sabia que quase 2 milhões de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil convivem com algum grau de demência? O número, registrado pelo Ministério da Saúde, representa aproximadamente 8,5% da população idosa. Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 57 milhões de pessoas viviam com demência em 2021, com quase 10 milhões de novos casos surgindo a cada ano.

O que é demência?

Demência é um termo genérico usado para descrever um conjunto de sintomas relacionados ao declínio progressivo das funções cognitivas, de forma grave o suficiente para interferir nas atividades diárias e na independência do indivíduo.

Não se trata de uma doença única, mas sim de um quadro clínico que pode resultar de diferentes condições neurológicas. A doença de Alzheimer é a forma mais comum, seguida pela demência vascular, demência por corpos de Lewy e demência frontotemporal.

A demência pode ser classificada como progressiva ou estável. A forma progressiva, como a doença de Alzheimer, piora com o tempo, enquanto outras causas, como deficiências nutricionais ou efeitos colaterais de medicamentos, podem levar a um quadro de demência reversível, caso sejam tratadas adequadamente.

Os sintomas centrais da demência envolvem prejuízos na memória, dificuldade de comunicação, desorientação no tempo e no espaço, alterações de humor e comportamento e problemas no raciocínio e na tomada de decisões. É importante diferenciar a demência do envelhecimento normal, pois algumas perdas cognitivas leves podem ocorrer com a idade, mas não comprometem a autonomia da pessoa.

Existem vários fatores de risco para a demência. Conheça alguns dos principais deles a seguir:

1- Idade avançada

O envelhecimento é o principal fator de risco para o desenvolvimento de demência. A prevalência aumenta significativamente com a idade, especialmente após os 65 anos.

2- Histórico familiar

Ter parentes de primeiro grau com demência aumenta o risco individual. Embora a genética tenha um papel relevante, fatores ambientais e comportamentais também influenciam.

3- Baixo nível de escolaridade

A educação formal está associada a um “reservatório cognitivo” maior, que pode retardar o aparecimento de sintomas de demência. Pessoas com menor escolaridade têm maior risco de desenvolver a doença.

4- Hipertensão arterial

A hipertensão não controlada pode levar a lesões nos vasos sanguíneos do cérebro, o que aumenta o risco de demência vascular .

5- Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 está associado a um risco aumentado de demência, possivelmente devido a alterações nos vasos sanguíneos e inflamação crônica.

6- Tabagismo

O uso de cigarro contribui para o estreitamento dos vasos sanguíneos, que reduz o fluxo sanguíneo cerebral e aumenta o risco de demência vascular.

7- Sedentarismo

A falta de atividade física regular está relacionada ao aumento do risco de demência. Exercícios físicos podem melhorar a saúde cardiovascular e cerebral.

8- Obesidade

A obesidade, especialmente na meia-idade, está associada a um risco maior de desenvolver demência na fase mais avançada da vida.

9- Depressão

A depressão pode ser tanto um fator de risco quanto um sintoma precoce de demência. Tratamentos adequados para a depressão podem reduzir o risco de progressão para demência.

10- Perda auditiva

A perda auditiva não tratada pode levar ao isolamento social e ao declínio cognitivo, questões que aumentam o risco de demência.

Prevenção de demência e de doenças em geral é fundamental

A demência representa um desafio crescente para a saúde pública, com impactos significativos na qualidade de vida dos indivíduos afetados e suas famílias. A identificação precoce dos fatores de risco e a implementação de estratégias de prevenção podem desempenhar um papel crucial na redução da incidência da doença.

O combate a doenças é essencial em todas as fases da vida e para pessoas com as mais diversas características. Confira outros conteúdos do blog do Laboratório Cella para aprender muito mais.

 

Fontes: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde