Saúde e solidão: algumas doenças estão relacionadas à solidão

Qual é a relação entre saúde e solidão? De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a solidão já é entendida como uma questão de saúde pública.

Embora ser solitário não signifique uma predisposição a determinadas doenças, há relações indiretas que devem ser observadas.

Saúde e solidão: qual é o real impacto?

Uma pesquisa publicada em 2024 na revista científica Nature, a solidão eleva os riscos para 30 doenças. Entre 14 categorias estudadas, 13 delas apontaram algum grau de impacto da solidão. Doenças mentais, infectocontagiosas, endócrinas e respiratórias foram algumas das categorias que registraram relação com a solidão. A pesquisa combinou dados comportamentais, genéticos e de hospitalização de mais de 450 mil pessoas registradas no UK Biobank e acompanhou os indivíduos ao longo de 12 anos.

Vale destacar que o estudo não comprova que a solidão de fato pode causar doenças. Na maior parte dos exemplos pesquisados, há indícios de uma relação indireta, ou seja, ser solitário pode predispor o organismo e torná-lo mais exposto a determinadas doenças. Isso reforça a ideia de que manter conexões sociais significativas é fundamental para a saúde física e mental.

(Leia também: Como cuidar da saúde mental: a importância de olharmos para dentro)

Quais doenças podem ter relação com a solidão?

De acordo com o estudo publicado na revista Nature e dados da OMS, há relações entre a solidão e algumas doenças com diversas origens e características.

  • Doenças cardiovasculares: a solidão foi associada a um risco 29% maior de desenvolver doenças cardiovasculares, entre as quais hipertensão e doenças coronarianas. 
  • Doenças infecciosas: pessoas solitárias apresentaram um risco 30% maior de infecções graves, como pneumonia. 
  • Diabetes tipo 2: a solidão pode ter ligação com um aumento de 20% no risco de desenvolver diabetes tipo 2.
  • Doenças neurológicas: o risco de pessoas solitárias desenvolverem demência é 50% maior do que o observado entre aqueles que não se declaram solitários.
  • Doenças respiratórias: a solidão foi correlacionada a um aumento de 25% no risco de doenças respiratórias crônicas.
  • Doenças hepáticas crônicas: indivíduos solitários tiveram um risco 15% maior de desenvolver doenças hepáticas crônicas.
  • Obesidade: a pesquisa indicou uma ligação entre a solidão e um risco 12% maior de obesidade.

OMS incentiva o combate à solidão

Desde quando a solidão passou a ser entendida como uma questão de saúde pública, a Organização Mundial de Saúde propõe uma abordagem preventiva. A OMS criou uma Comissão de Conexões Sociais para reconhecer o tema como uma prioridade global e propor soluções.  Além disso, a entidade busca auxiliar sistemas de saúde em todo o mundo a encontrar caminhos para reduzir a solidão na sociedade.

Gostaria de saber mais sobre saúde e qualidade de vida?

Saúde e solidão possuem uma relação ao menos indireta que não deve ser desprezada. A saúde mental, como um todo, deve ser vista como prioridade por todas as pessoas. Ser feliz é um direito que temos e é uma forma de cuidar da saúde de forma integral.

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Fontes: Organização Mundial de Saúde