Os riscos do cigarro eletrônico e por que ele deve ser evitado
Você conhece os dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs)? Mais conhecido como “vape” ou cigarro eletrônico, o produto se popularizou nos últimos anos e passou a chamar a atenção da sociedade.
Afinal, quais são os riscos do cigarro eletrônico? É verdade que o vape não faz mal como o cigarro tradicional?
A perigosa composição do cigarro eletrônico
Embora seja apresentado como um produto mais moderno, o cigarro eletrônico pode ser tão prejudicial à saúde quanto os cigarros tradicionais.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), os vapes contêm pelo menos 80 substâncias químicas, entre as quais a nicotina, que causa dependência, além de propilenoglicol e glicerina vegetal, que produzem acetaldeído, substância associada ao reforço do poder de dependência da nicotina. Esse combo torna o cigarro eletrônico potencialmente viciante e nocivo.
Quando as variadas substâncias químicas dos vapes são aquecidas, o fumante traga uma mistura de álcoois e aldeídos tóxicos, junto com a nicotina.
Além da composição química do líquido que faz parte do cigarro eletrônico, existe um risco adicional associado ao filamento aquecido dentro desses dispositivos. Por ser feito com metais como níquel, latão, cobre e cromo, uma pequena quantidade acaba inalada conforme o líquido aquece e gera vapor.
Portanto, fumantes de cigarro eletrônico têm níveis maiores de concentração de níquel no organismo, um carcinogênico grau 1, segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).
(Leia também: Prevenção do câncer: 7 bons hábitos que têm papel fundamental)
EVALI, uma doença causada por cigarros eletrônicos
Os potenciais danos causados pelo vape envolvem doenças causadas também pelo cigarro convencional, tais como, angina, infarto, DPOC, alterações vasculares, crises de asma, entre outras.
Além dessas doenças, o cigarro eletrônico também causa uma síndrome respiratória denominada EVALI (E-cigarette or vaping use-associated lung injury – Lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico). A EVALI pode causar pneumonia, fibrose pulmonar e até mesmo insuficiência respiratória.
Os riscos do cigarro eletrônico ficam evidenciados também pelo fato de que o consumo de curto prazo já é potencialmente agressivo. Pesquisas apontam diminuição da função pulmonar, maior risco de eventos cardiovasculares como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e aumento do risco de crise anginosa, além de danos ao sistema imunológico.
Uma importante questão de saúde pública
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia defende a permanência da resolução da Anvisa que proíbe a produção, distribuição e comercialização de todo e qualquer produto classificado como “dispositivo eletrônico para fumar (DEF)”, contendo ou não nicotina e tabaco.
É muito importante que exista um esforço de conscientização para evitar a propagação do uso de cigarros eletrônicos. Atualmente, os Estados Unidos enfrentam uma epidemia de consumo de vapes.
Saiba tudo sobre prevenção de doenças
Os riscos do cigarro eletrônico são motivo de preocupação e devem ser compreendidos para que o consumo caia progressivamente. Evitar hábitos ruins é um dos pilares de uma vida saudável pautada na prevenção de doenças. Aqui mesmo em nosso blog, temos vários conteúdos para você aprender muito mais sobre saúde e bem-estar. Acesse e confira!
Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)