Introdução alimentar: 3 métodos para estimular os bons hábitos

Você sabia que os bons hábitos de vida podem começar ainda nos primeiros anos de vida? A introdução alimentar é um ótimo exemplo de como podemos estimular as crianças a fazerem escolhas saudáveis.

No Brasil, o tema da introdução alimentar precisa ser debatido com mais seriedade e difundido a toda a população. De acordo com o Enani (Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil), 20% do cardápio das crianças de 6 meses a 2 anos é composto de alimentos classificados como ultraprocessados. Esses produtos são altamente nocivos à saúde, já que possuem índices elevados de gordura, açúcar, sódio e aditivos químicos. Fazem parte do grupo dos ultraprocessados os biscoitos doces, farinhas instantâneas, chocolates, sorvetes e gelatinas.

Por que a introdução alimentar é tão importante?

A introdução alimentar é uma forma de proteger a saúde das crianças. Mais do que isso, ela abre caminho para moldar o paladar e tornar os pequenos mais simpáticos à ideia de consumir alimentos saudáveis e ricos do ponto de vista nutricional. Por introdução alimentar, entende-se a fase que começa a partir do sétimo mês de vida da criança, quando o bebê consegue se sentar e o sistema digestório está mais maduro.

De alguns anos pra cá, a orientação pediátrica tem ampliado a participação dos alimentos frescos e naturais, para que os bebês conheçam os alimentos de verdade, seus diferentes sabores, texturas e características. Com isso, as papinhas de legumes feitas em liquidificador perderam espaço, embora sejam saudáveis e nutritivas.

(Leia também: Dieta saudável: 5 dicas de ouro para você ter mais equilíbrio)

3 métodos para realizar a introdução alimentar

A introdução alimentar pode ser feita por alguns caminhos. Existem três modelos muito bem aceitos por pediatras, conheça as características de cada um deles.

  • Tradicional: o bebê recebe o alimento na colher. Hortaliças, tubérculos, feijões e demais ingredientes são amassados e oferecidos de forma individual para a criança se familiarizar com diferentes sabores e consistências. As carnes, de peixe, frango e boi, devem ser bem cozidas e desfiadas. Uma dica importante é evitar distrações, como telas e ambientes estressantes.
  • Baby-Led-Weaning (BLW) – “desmame guiado pelo bebê”: este modelo dispensa o uso de talheres, a criança usa as próprias mãos para levar a comida à boca, o que favorece a habilidade motora e traz autonomia. Existe um ponto de atenção relacionado ao risco de a criança engasgar. É preciso garantir que os alimentos sejam bem picados e macios.
  • Participativo: com características combinadas dos dois outros métodos, o modelo participativo permite o uso de talheres, mas também deixa a criança livre a interagir com os alimentos usando as suas mãos para sentir texturas e melhorar as habilidades motoras.

Vale destacar que não há modelo ideal e que cada família deve avaliar o método que mais se adapta à sua rotina, sempre com a validação do pediatra.

Aprenda muito mais sobre alimentação

Comer bem e de forma saudável em todas as fases da vida é fundamental para manter o organismo sempre em suas melhores condições. A introdução alimentar cumpre papel importante no desenvolvimento das crianças, por isso deve ser feita com muito carinho e cuidado pelos pais.

Gostaria de saber mais sobre alimentação? Confira outros conteúdos disponíveis aqui mesmo no blog do Laboratório Cella. Acesse o link e confira.

 

Fontes: Ministério da Saúde e Agência Einstein